Abstract
We present a taxonomic revision of maned sloths, subgenus Bradypus (Scaeopus), a taxon endemic to the Brazilian Atlantic Forest and currently composed of a single species, the vulnerable Bradypus torquatus. Our review is based on coalescent species delimitation analyses using mitochondrial and nuclear DNA, morphological analyses, and field observations. Our integrative approach demonstrates that two species of maned sloth can be recognized: the northern maned sloth (Bradypus torquatusIlliger, 1811) occurring in the Brazilian states of Bahia and Sergipe, and the southern maned sloth (Bradypus crinitusGray, 1850), occurring in Rio de Janeiro and Espirito Santo states. The two species diverged in the Early Pliocene and are allopatrically distributed. We discuss the biogeographic pattern of the two maned sloth species, comparing it with other Atlantic Forest mammals. We also suggest that the conservation status of both maned sloths needs to be reassessed after this taxonomic rearrangement.
Apresentamos uma revisão taxonômica das preguiças-de-coleira, subgênero Bradypus (Scaeopus), um táxon endêmico da Mata Atlântica do Brasil e atualmente composto por uma única espécie, a vulnerável Bradypus torquatus. Nossa revisão é baseada em análises de delimitação coalescente usando DNA mitocondrial e nuclear, análises morfológicas e observações de campo. Nossa abordagem integrativa demonstra que duas espécies de preguiça-de-coleira podem ser reconhecidas: a preguiça-de-coleira do nordeste (Bradypus torquatusIlliger, 1811), que ocorre nos estados brasileiros da Bahia e Sergipe; e a preguiça-de- coleira do sudeste (Bradypus crinitusGray, 1850), que ocorre nos estados do Rio de Janeiro e no Espírito Santo. Essas espécies divergiram no início do Plioceno e atualmente apresentam distribuição alopátrica. Discutimos o padrão biogeográfico das duas espécies de preguiça-de-coleira, comparando-o com outros mamíferos da Mata Atlântica. Também sugerimos que o estado de conservação de ambas as preguiças-de-coleira seja reavaliado após este rearranjo taxonômico.